quarta-feira, 30 de junho de 2010

Estamos vivendo em clima de plena euforia pelos jogos da Copa do Mundo. Todo o mundo parece que se concentra numa festa sem precedente, desde a organização de muitos anos anteriores , até os dias que antecedem os jogos e a grande festa propriamente dita.

Nesse sentido, gostaria de chamar a atenção para voltarmos nossos olhares para relação da escola com a Copa do Mundo. Não só na referência aos jogos que acontecem, mas a oportunidade significativa de aproveitarmos este momento para discutirmos no projeto político pedagógico as diferentes questões que a Copa envolve. Desde a análise de questões políticas, históricas, culturais, sociais, até inúmeras questões pertinentes ao multiculturalismo e suas implicações.



Ao falarmos, por exemplo , em violência no campo, no gramado, nas arquibancadas, podemos discutir o significado e a razão de tanta violência nos dias atuais. Falarmos em violência, culpar a somente a mídia por notícias violentas e agressivas é muito pouco. Vivemos um tempo de mudanças irreversíveis, em que predominam os valores econômicos sobre outros valores como o respeito e a solidariedade.



                            
TRABALHOS DA 2ª SÉRIE ORIENTADOS PELA PROFESSORA VERIDIANA
Completar o album de figurinhas da Copa do Mundo é uma sensação na hora do recreio.

ALUNOS DA 3ª SÉRIE PESQUISARAM SOBRE OS PAÍSES PARTICIPANTES NA COPA DO MUNDO E APRESENTARAM PARA OS COLEGAS E PROFESSORA.
 
Uma série muito ampla de dados (isolados ou não) podem e devem ser trabalhados pelos professores aproveitando a Copa do Mundo como incentivo. Por exemplo, por que a mesma produz tantas e diferentes participações das crianças, jovens e adultos? Será a esperança de vencer o incentivo maior de uma competição como essa?
A Copa do Mundo, mais do que um jogo de futebol, pode tornar-se, na escola, e fora dela, também, um jogo pedagógico , ao passo que a bola que rola no campo possa ser trabalhada como uma bola de valores que jogamos a todo momento em nossas vidas. Nessa partida eu gostaria, e muito, de marcar um gol.

Texto de Mirian Paura S.Z. Grinspun é professora da Uerj. 20/06/2010